domingo, 5 de maio de 2013

Sangue Quente - Isaac Marion


Editora: contraponto
Páginas: 248
Sinopse: R. é um jovem em plena crise existencial. É um zombie. Numa América devastada pela guerra, pelo colapso da civilização e pela fome incontrolável de hordas de mortos-vivos, R. anseia por algo mais do que devorar sangue quente. Só consegue pronunciar alguns monossílabos guturais, mas a sua vida interior é rica e complexa, cheia de espanto pelo mundo que o rodeia e desejo de o compreender - bem como a si próprio. R. não tem memórias, não tem identidade e não tem pulsação= mas tem sonhos. Depois de um ataque, R devora o cérebro - e, com ele, as memórias - de um rapaz adolescente, e toma uma decisão inesperada: não devorar a jovem Julie, a namorada da sua vítima, e até protegê-la dos outros zombies. Começa então uma relação tensa mas estranhamente terna entre ambos. Julie traz cor e vivacidade à paisagem triste e cinzenta da semi-vida de R. e a sua decisão de proteger Julie pode até trazer de volta à vida um mundo marcado pela morte. Tão assustador quanto divertido e surpreendentemente terno, Sangue Quente é um livro sobre pessoas mortas que se sentem vivas, pessoas vivas que se sentem mortas - e o que podem sentir e fazer umas pelas outras.

Resenha:
Confesso que já tinha visto várias vezes este livro à venda mas a capa nunca me chamou a atanção e por isso nunca li a sinopse- Quando eu vi o trailer do filme eu fiquei muito curiosa, mas não sabia que tinha sido inspirado num livro e muito menos neste, porque o nome até é diferente, o do filme é O meu Namorado é um Zombie. Mas um dia eu vi o livro à venda com a jacket promocional do filme e por isso eu quis comprar.

Depois de ler a sinopse e ter visto o trailer, eu fiquei muito muito entusiasmada para ler o livro. Achei que seria assim romance com bastante comédia e um pouquinho de terror, bastante fácil de ler. Mas nada disso. Eu fiquei desiludida e se voltasse atrás não compraria de novo.

O livro conta-nos a história de R. um zombie que se odeia. Sim, porque ele não gosta de comer pessoas, não gosta de ter de magoar (matar) e sente-se muito mal por isso, mas nada pode fazer porque é assim que ele é. Ele não consegue falar, perdeu a dicção, mas como a história é contada pelo próprio R. é-nos dados a conhecer todos os seus pensamentos e ele tem pensamentos muito elaborados e engraçados.


"- É uma das vantagens de estar morto, mais uma coisa com que deixamos de nos preocupar. Barbas, cabelo, unhas... A luta contra a nossa biologia terminou. Os nossos corpos selvagens foram, por fim, domesticados."
R. com os seus pensamentos que sempre me surpreendiam

R. vive num aeroporto com o seu melhor amigo, a sua mulher e os seus dois filhos e muitos mais zombies. Até que numa das caçadas ele come o cérebro de um jovem e depois de ter ficado com os seus pensamentos ele apaizona-se pela sua namorada, Julie, e acaba por levá-la com ele para o aeroporto tendo como função protegé-la dos outros.

Umas partes que achei muito confusa é quando ele "fala" com o namorado de Julie. É muito confuso mesmo porque eu fiquei sem perceber se ele fala com o fantasma, se são pensamentos e recordações, se é tudo imaginação. Foram as partes que menos gostei e acho que não faziam falta no livro.

Adorei  a Julie que mostrou ser uma rapariga cheia de garra, coragem, e até que enfim que temos uma protagonista com personalidade e caráter porque depois de Bella do Crepúsculo (e não estou a dizer mal porque até é um dos meus livros favoritos) houve um bombardeamento de livros com personagens femininas frágeis, depressivas e com pouco confiança e auto-estima. Também adorei Nora, melhor amiga de Julie e talvez tenha sido ela a minha personagem favorita de todas com as suas saídas engraçadas.
"- E mesmo estando à beira da morte por inanição debaixo de uma montanha de fraldas sujas, ninguém  tem coragem para sequer sugerir às pessoas que guardem a sua sementinha no bolso durante algum tempo."
kakakakaka esta Nora saí-se com cada comparação e analogia

A história vai-se complicando, principalmente quando os zombies se começam a curar (conseguem controlar a fome, já conseguem transmitir alguns sentimentos) e os ossudos (esqueletos que mandam nos zombies) se começam a revolucionar e a atacar.

O livro vai complicando e O-DE-EI o final. Não gosto de finais abertos em que somos nós que imaginámos como tudo acabará. Se eu quisesse inventar uma história tinha-a escrtito em vez de comprar um livro. Eu quero um final com fim. De qualquer das maneiras só mesmo lendo podem tirar as vossas próprias conclusões porque já vi por aí muitas resenhas que falam bem do livro e que dizem que gostaram.

Outras capas:


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