terça-feira, 12 de novembro de 2013

A Rapariga que Roubava Livros - Markus Zusak



Editora: Presença
Páginas: 236
Sinopse: Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
Resenha:
Andei a adiar esta resenha durante imenso tempo por não saber o que dizer. Ainda hoje (já passou mais de um mês) eu ainda não cheguei a nenhuma conclusão e não sei se gostei ou não. Talvez o meu problema em admitir que não achei assim tão bom, seja porque assim terei de começar a pensar na ideia de que se passa algo de errado comigo. Toda a gente amou A Culpa é das Estrelas. Eu não gostei assim tanto. E toda a gente fala bem de A Rapariga que Roubava livros. E se eu não gostei? Não tenho realmente problemas em admitir, porque o blog é para isso mesmo, para eu dar a minha verdadeira opinião.

Mas sinto-me um pouquinho triste, porque é desolador quando algum livro não responde às nossas expectativas. Mas o pior é saber que isso só acontece comigo, e então eu penso «porque não consigo ver o que os outros vêm?», «será que eu sinto de maneira diferente e não consigo ver o que os outros vêm?» e se o caso é esse então «porqué que me fizeram de maneira diferente?», «não teria eu direito também de ficar maravilhada com a história?». É muito complicado! Ainda para mais com os problemas que tenho passado na minha vida pessoal (isto foi só um aparte) ainda divagueio mais sobre estes assuntos e começo a melodramatizar ainda mais.

Mas pronto! Vamos à resenha em si. Acho pouco provável que alguém que esteja a ler este post não saiba ainda nada sobre este livro. Mas faço um breve resumo que também não faz mal a ninguém. A Rapariga que Roubava livros é um livro tão especial porque a narradora é a morte. Foi isso que deu impulso ao livro e fez com que toda a gente quisesse ler. A morte conta-nos a história de  Liesel Meminger, uma menina com quem ela se cruzou 3 vezes (o que quer dizer que a Lisel presenciou a morte de alguém pelo menos 3 vezes). A primeira morte que ela presencia é a do seu irmão, quando ambos estão a ser levados para uma família que os irá acolher, pois o pai deles é comunista e a mão acha melhor mantê-los longe. A história passa-se na Alemanha, na altura do domínio de Hitler, então acho que já podem imaginar como a história teria de falar de sofrimento.

Quando o irmão dela morre, fazem um enterro rápido no meio da neve e um dos coveiros deixa cair um livro, um pequeno manual com regras, e todas as burocracias que um coveiro deve ser. Liesel apanha o manual e mesmo não sabendo ler ela guarda-o. Mais tarde ela acaba por lê-lo porque o seu pai adotivo ensina-lhe a ler e lê com ela. Ela ganha então um gosto por palavras, os livros tornam-se um refúgio para ela e ler torna-se uma necessidade, por isso ela começa a roubar livros.

O segundo livro que ela rouba é numa fogueira. Livros que estão a ser queimados porque Hitler acha que são impróprios. Eu gostei muito do papá (modo como a Lisel tratava o pai adotivo) porque acho que ra um bom homem e prova disso é que ele aceita ajudar um judeu e escondê-lo em sua casa. Esse judeu é Max e é também um personagem muito importante nesta história. Lisel e Mx desenvolvem um aamizade um pouco inexplicável (devido à diferença de idades) mas realmente verdadeira. Lisel lia para Max na cabe e quando ele foge para não colocar mais ninguém em problemas, a menina sofre muito.

Ao longo do livro a morte dá muitos spoilers do que acontece. Diz-nos capítulos antes que alguém vai morrer e embora eu quando lesse ficasse um pouco chateada e achasse que assim tirava emoção ao livro, não era verdade. Porque apesar de saber o que ia acontecer, não sabia quando nem como e isso deixava tudo ainda mais emocionante por vezes até desesperante. Como disse anteriormente, eu não sei muito bem o que dizer sobre esta história. Nem sei dizer se achei o final feliz ou triste. Sim por um lado é feliz porque (SPOLER) ela sobrevive. Mas será realmente esse um final feliz? Só porque a personagem principal sobrevive? Não teria sido melhor ter sido poupada ao sofrimento. Visto que ela ficou sem ninguém e viveu com a culpa e o peso de nunca ter dito ao verdadeiro rapaz que amou o que sentia por ele.

Eu acho que o final foi triste, embora não tenha chorado porque realmente eu fiquei foi frustrada. Não sei o que esperava, mas também não fiquei contente com o final. Não sei bem. Fiquei em ressaca literária depois deste livro. E por isso não sei dizer se é bom ou mau. Se aconselho a que leiam? Mal não faz, e quem não leu se calhar ficará para sempre intrigado como eu e por isso talvez seja melhor tirar logo a curiosidade. Mas se não tenham assim tanta curiosidade e só iam ler porque ouvem toda a gente a dizer que é uma boa história, então na minha opinião não leiam. Sendo ou não da mesma opinião que eu, o livro marcar-vos-ás para a vida toda.  Sinceramente não sei! Vêm como este livro me deixou? Continuo sem saber o que pensar nem o que dizer. Por isso já nem digo nada. Tomem a vossa decisão. Leiam se quiserem ou se quiserem não leiam. Caso leiam e gostem, muito bem. Caso se sintam como eu, o meu lado egoista ficará feliz por saber que não sou a única no mundo.

Acabo assim com esta resenha confusa. Caso não percebam algo e queiram perguntar sintam-se à vontade. De facto esta resenha vai de encontro ao meu estado de espírito (confuso), mas mais tarde ou mais cedo teria de a fazer, porque se não não descansaria e pensaria sempre que tinha de fazer a resenha. Agora já está, pode não ser uma boa resenha para muitos, mas eu acho que uma resenha não tem realmente critérios para ser feita. Uma resenha serve para dar-mos a nossa opinião, e se eu estou confusa então a resenha sai também confusa e não poderia ser mais sincera. Mesmo assim desculpem e obrigada aqueles que conseguiram ler o post até ao fim <3

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Love, Jéssica
Outras capas:

3 comentários:

  1. Está na minha lista de próximas leituras e estou bem curiosa :) Espero gostar porque só a ideia do livro acho fantástica e muito original

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  2. Oi Jeh, é muito ruim quando nos decepcionamos com um livro não é? Ainda mais esses que todo mundo gosta (tipo A Culpa é das estrelas ♥ hahaha), mas é completamente normal, e isso que é o bom da literatura, ela agrada vários tipos de leitores.
    Eu comecei a ler esse livro logo que ele foi lançado no Brasil, mas confesso, não consegui terminá-lo. Agora, prestes ao lançamento do filme, decidi que preciso lê-lo novamente e até o fim. Pelo que lembro a narrativa é meio enrolada, mas a trama tem uma história bem bacana.

    Beijos

    Pah, Livros & Fuxicos

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