Título| Três Coroas Negras
Autor| Kendare Blake
Editor| Porto Editora
Páginas| 328
Confesso que andei algum tempo a "engonhar" a leitura deste livro, porque tinha algum receio que a editora se arrependesse e não lançasse os seguintes (ainda tenho), mas quando saiu o segundo e vi toda a gente louca na internet, achei que tinha chegado a altura... e não me arrependi!
Três Coroas Negras passa-se na Ilha de Fennbirn onde há anos se rege por uma tradição: quando a rainha dá à luz trigêmeas, uma destas será a próxima a reinar e a rainha perde automaticamente o seu reinado. As rainhas nascem com o único propósito de lutarem entre si até à morte, após completarem 16 anos e apenas uma poderá sobreviver e reinar.
Neste mundo as pessoas possuem poderes especiais e as rainhas têm dons! Katherine é uma envenenadora, capaz de suportar todos os venenos, até os mais mortíferos; Arsinoe é uma naturalista, possui poder sobre as plantas e os animais; e Mirabella é uma elemental, manipuladora dos elementos, principalmente do fogo e das tempestades.
Quando completam 6 anos, as irmãs rainhas são separadas e criadas por famílias da ilha, sendo que cada família é identificada pelo seu dom e irá assim treinar a rainha correspondente. Cada rainha é treinada para que quando alcance os 16 anos, consiga vencer as suas irmãs, no Festival de Beltane, que tem a duração de 1 ano.
Eu achei a premissa muito incrível, porque é lindo, e importante, ver mulheres em posições de poder. Não só a ilha é governada por uma rainha, mas a maioria dos altos cargos é ocupada por mulheres. Claro que também temos personagens homens importantes há história, mas este livro é sem dúvida um centro de girl power.
Durante o livro inteiro eu fui oscilando sobre qual rainha eu gostava mais: a Mirabella mostra sem dúvida ser a mais forte no que diz respeito aos dons, mas pareceu-me um pouco "pãozinho sem sal" e nunca dava voz às suas opiniões; já a Katherine era fraca, mas mostrava alguma ambição, no entanto, pareceu-me sonsa, o que me fez lembrar a Sansa de Game of Thrones; e por fim, temos a Arsinoe, chata, teimosa, por vezes irritante, mas cheia de garra.
A minha personagem favorita foi sem dúvida a Jules. A melhor amiga de Arsinoe e a maior naturalista que se viu nos últimos 60 anos. Neste mundo, os naturalistas têm Familiares, animais que se prendem a eles, e eu achei isso fantástico. Faz lembrar um pouco "A Bússola Dourada", em que cada pessoa nasce ligada a um animal, como se fosse uma espécie de alma, que terá sempre a ver com a personalidade da pessoa. O Familiar da Jules é uma puma e eu só pensava em como eu queria ser , sem dúvida, uma naturalista. Acho que o meu Familiar será um gato ou algum tipo de felino, caso contrário, um lobo ou uma raposa.
O mau desta resenha é que eu não me posso alargar muito para não dar spoiler! Há imensa coisa que eu gostaria de debater com vocês, como uma traição de um personagem para com a Jules, que não sei se considero traição ou não e se é possível perdoar ou não... mas não seria justa com vocês. Vou deixar que descubram esta história por vocês! A verdade é que eu já li o segundo livro também e preparo-me para escrever a resenha dele a seguir, por isso, lá conversamos melhor sobre o que se passa neste livro combinado?
Mas leiam! Vale mesmo a pena! Personagens bem construídas, até mesmo as secundárias, mundo muito bem explicado, girl power... Tudo incrível que nos faz ler e ler, achando que é só mais um capítulo... depois quando percebemos que só faltam algumas páginas queremos terminar rápido, mas ao mesmo tempo não nos queremos despedir da história... Salvou-me ter já a continuação ao lado!
Por fim, vamos só falar da capa linda que a Porto Editora nos deu: com metal localizado e as capas ainda se completam (quero ver como farão com as próximas). Muita gente andou louca atrás da edição especial da Comic Con, em que a capa é branca, mas na minha opinião (que vale o que vale) a preta é muito mais gira e faz todo o sentido. Espero que a editora continue a lançar os livros e não desista da série.
Vocês já conhecem as rainhas?
Beijinhos
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